Exodus: Deuses e Reis - Resenha
Sempre fui um grande fãs de histórias Bíblicas, sempre muito fascinantes, e Moisés talvez seja a minha favorita. O filme "Os Dez Mandamentos" de 1957, com o extraordinário Charton Heston como protagonista tem um lugar gravado no meu coração, filme favorito do meu pai e que eu cresci assistindo. Grande clássico de época e na minha opinião a adaptação definitiva para o cinema, da qual dificilmente será superada.
Exodus, de 2014, por Ridley Scott é uma nova tentativa de readaptação de Moisés para a telona. Mas de uma forma diferente, o diretor mostra a sua visão da história como algo mais plausível, e cientificamente "mais aceitável". De um jeito mais grosseiro, mostra o lado "mais cético" da coisa, e de um lado positivo pra não dar aquela velha sensação de que estávamos vendo o mesmo filme de sempre. Mas claro, respeitando os seus princípios.
Como eu não esperava muita coisa desse longa, o filme acabou me surpreendendo e superou bastante minhas expectativas, principalmente após assistir o fracasso que foi o filme "Noé", também de 2014, dirigido por Darren Aronofsky. A ambientação egípcia está simplesmente fantástica, e nos faz esquecer aquela velha afirmação de que egípcios foram negros. A fotografia cumpre muito bem seu papel e é um dos pontos altos do filme junto com os efeitos especiais, dignos de Óscar.
O Moisés que o Egito merece
Apesar de tudo, Exodus é um filme bem cansativo e longo demais, muitas cenas arrastadas e minutos sagrados que poderiam ser aproveitados em outras cenas. Há também um grande desperdício de atores talentosíssimos como Ben Kingsley e Sigourney Weaver, sendo eles MUITO MAL explorados.
Mas isso muda com a atuação de Christian Bale, impecável como sempre, mas não tão marcante quanto aquela de Heston em 1957 (desculpem, mas é inevitável não comparar), você ainda pensa no Batman quando o vê. A presença de Aaron Paul nosso eterno Pinkman também passa quase despercebida, o que é uma pena.
Ridley Scott fez o seu Gladiador Bíblico (também é inevitável a comparação), um Moisés mais humano e mais guerreiro, com seu lado militar mais explorado. Esqueça "Noé" se ainda está relutando em assistir esse aqui, pois nada tem a ver. Se você quer apenas diversão e passatempo e vai saber separar o filme de suas concepções, eu recomendo bastante esse filme. Vá no cinema assistir e se encante com as maravilhas visuais. Mas se você é extremamente chato, assim como eu, ou não vê muita graça em batalhas épicas e histórias bíblicas, não vá, espere sair em bluray que vale mais a pena.
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